LazCult: Música

22:02

Adiamento do show do Coldplay: O que fazer para não ficar no prejuízo.

22:53

Paraisópolis promove luau com profusão de artistas e espetáculos

Evento terá oito edições neste ano e tem o propósito de oferecer arte e cultura para inclusão social dos moradores da comunidade

Música, teatro, dança, grafite, moda, audiovisual, entre outras atrações, é o que os participantes vão encontrar no luau Paraisópolis, evento oferecido gratuitamente para moradores da segunda maior comunidade de São Paulo. Ao todo, serão realizados oito encontros durante o ano, e o primeiro acontecerá no dia 28 de abril, no Espaço PIPA. A agenda é divulgada pela página da Paraisópolis no Facebook.

O projeto retorna às atividades neste ano, em parceria com o escritório de arquitetura Raddar, que cederá o local onde está prevista a construção do PIPA (Projeto que Integra Paraisópolis), uma proposta inovadora que irá abrigar um centro comercial e sociocultural na comunidade. Há cinco meses parado por falta de apoio financeiro, o luau foi um dos dez finalistas do concurso de projetos da Fundação Arymax, recebendo incentivo financeiro para o desenvolvimento cultural com o olhar de empreendedor.

Criado em 2011, o luau tornou-se referência de encontros artísticos de moradores da comunidade. Realizado toda última sexta-feira de cada mês, os encontros têm o propósito de oferecer arte e cultura como pilares para a inclusão social, sociocultural e educacional, além de promover a difusão dos artistas.

"Futuramente desejamos utilizar o projeto como uma escola de formação de produtores culturais", afirma Jefferson Garibald, produtor cultural e idealizador da proposta. Destaque por ser referência de entretenimento noturno na comunidade, e percebido como um espaço para o encontro de artistas e amantes de arte em geral, nos últimos anos o luau já recebeu mais de 200 artistas que se apresentaram para mais de 5 mil moradores da comunidade.

Apresentações

Nesta sexta-feira, 15 artistas independentes e convidados se apresentarão no palco do evento. Entre eles estão os rappers MC Ed$ & Mano Ratão, dupla formada em 1998 que compõem letras com o intuito de passar a realidade vivida em Paraisópolis por meio da música.

Ainda como atração musical, a banda Tribo Sonoro mistura diversos ritmos do movimento Fusion experimental. Já o estilo “hard rock” com peso e melodia fica por conta do grupo Davi e Banda, formado por Davi Gomes, Jam G, Jason G, Diu G e Chico Vaz. Com canções que têm como tema o sentimento entre as pessoas, o dia a dia e relacionamento com Deus, o grupo sofre diversas influências do rock nacional, como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Oficina G3 e Banda Resgate, dentre outras.

Ao estilo voz e violão, Felipe Baltz possui como principal característica sua voz grave rouca. Inspirado em Tim Maia, Elza Soares, dentre outros artistas da Black Music Brasileira, Felipe mescla em seu repertório samba, rock, jazz, funk, soul, melody e MPB romântica.

A Trupe Benkady irá apresentar um repertório de danças e ritmos dos balés tradicionais do oeste africano. Formado por quatro músicos e cinco dançarinos, o coletivo paulistano promove uma conversa entre os ritmos e movimentos tradicionais da cultura mandingue, com ênfase nas etnias Malinké, Baga e Sussu, da região da Guiné Conakry, reconhecida mundialmente por seus balés com dança e música tradicional.

O luau também terá a participação do escritor e poeta Jackson Pedro, cujos trabalhos são focados no dia a dia da favela e do favelado, trazendo reflexões para problemas sociais e políticos. Fortemente influenciado pelo rap nacional, Jackson lançou, no ano passado, o livro “Traficando Informação”.

A reflexão sobre a favela será apresentada em uma proposta colaborativa de intervenção urbana em áreas degradadas pelo projeto Imagine Paraisópolis cujo objetivo principal é pensar, de forma conjunta, meios para melhorar a vida cotidiana dos habitantes da comunidade. A exposição é o resultado da Oficina que ocorreu, no mês de março, com adolescentes de Paraisópolis, arquitetos e estudantes de arquitetura, no Hospital Albert Einstein.

Pela primeira vez, o projeto “Periferia Inventando Moda” irá participar do luau com a exibição do documentário sobre moda periferia e realizará uma roda de conversa com o estilista Alex Santos. O projeto utiliza a moda como instrumento para a inclusão social e promoção da autoestima. Por meio da realização de cursos, workshops, editoriais de moda e desfiles, capacita jovens da periferia para o mercado da moda e da beleza.

Já a performance teatral fica por conta do ator e criador do grupo “Nós Mosaico” de teatro e poesia, Marcelo Sousa. “Dramágico, seu álter ego” é o personagem “estandarte da agonia” que dá ênfase às questões agridoces, adotando e usando como parte de seu discurso artístico textos de autores clássicos e contemporâneos que traduzem seus sentimentos pessoais e inquietações sobre o mundo em que vive.

Neste ano, a equipe organizadora do luau aposta nas redes sociais com o objetivo de levar o conteúdo para mais pessoas. “Iremos realizar uma transmissão ao vivo pelo Facebook para que mais pessoas possam conhecer o nosso trabalho”, finaliza Jefferson.

Primeiro Encontro Luau 2017Data: 28 de AbrilHorário: 22hsLocal: Espaço Pipa Paraisópolis.

Endereço: Rua Manoel Antônio Pinto 302 – (ao Lado das Casas Bahia)

Por Francisca Rodrigues

16:51

The iPod Magic: Crie mashups incríveis misturando sucessos do rock e rap dos anos 2000

22:36

RESENHA: Indicados ao Oscar de melhor trilha sonora

Este texto contém spoilers!

Sempre vi a trilha sonora como o pulsar de um filme, é ela quem define o ritmo, talvez como as batidas da bateria em uma música, e ajuda a transmitir a emoção de uma cena.

Assistindo aos filmes indicados ao Oscar 2017, na categoria de trilha sonora, fica bem fácil colocar La La Land como o favorito, por ser um musical. Porém, olhando os concorrentes com mais atenção percebemos em Lion, a tensão criada com a trilha sonora, que acompanha a história do menino Saroon, que se perde na cidade e é obrigado a se virar pra conseguir sobreviver, escapar de pessoas que querem vendê-lo como mercadoria, até ser adotado e por fim reencontrar sua família de sangue em uma cena forte, com trilha sonora delicada que detona nossas emoções (aviso que pode haver suor pelos olhos).

Os filmes Jackie e Moonlight, assimilam-se no quesito transmissão de sensações, pois em ambos são raros os momentos de alegria e felicidade, com isso a trilha sonora inspira melancolia e a falta de perspectiva dos personagens, te fazendo perceber que a vida pode ser bem pesada em certos momentos.

Passageiros é o quinto filme indicado na categoria, e me pareceu apenas um filme perdido por aqui, não por ter uma trilha sonora ruim, muito pelo contrário, porque Thomas Newman é um excelente compositor, são tantas suas trilhas maravilhosas, entretanto esta foi apenas “bem feita”, mas acredito que não deveria estar entre os indicados, será bem surpreendente se vencer.

Mas como disse no começo, minha aposta é em La La Land nesta categoria, assim como nas categorias de mixagem de som e de canção original. Já que como musical, a trilha sonora não só está presente como é parte fundamental da história, onde os personagens cantam e transmitem toda a emoção através da canção (o que Emma Stone faz muito bem). No geral, o filme tem muitas sequências de performances de dança e canto, em uma série de números musicais que carregam o filme, e diminuem as cenas de diálogos. Fica fácil de comparar La La Land com o filme anterior de Damien Chazelle, Whiplash, segundo o próprio editor Tom Ross, a edição foi feita de acordo com o ritmo das batidas da bateria das músicas, transformando o filme em um thriller de ação antes de um musical.

São grandes trilhas sonoras concorrendo este ano, o que inspira uma ótima disputa nas categorias musicais - o que nem sempre é percebido, mas faz toda a diferença nos filmes.

Abaixo deixo um presente pra vocês, uma playlist com todas as trilhas sonoras indicadas e mais as canções originais. Compartilhe a sua opinião sobre as trilhas destes ou outros filmes nos comentários.

Por Wellington Macedo

22:13

10 álbuns lançados em janeiro de 2017 que você deveria ouvir

O ano mal começou e já no primeiro mês muitos álbuns foram lançados, por esse motivo decidi citar alguns que ouvi e recomendo. De bandas brasileiras a bandas internacionais, do rock ao R&B, o que conta aqui é a música ser boa. Então prepare-se para colocar em dia suas playlists!

AFI – AFI (The Blood Album)

Formada por Davey Havok nos vocais, Jade Puget na guitarra, Adam Carson na bateria, Hunter Burgan no baixo e com mais de 20 anos de carreira, AFI é marcado por sempre se reinventar a cada álbum lançado, se você é fã (eu) nunca sabe ao certo o que esperar.

Influenciado por Depeche Mode e The Cure, o álbum AFI (The Blood Album) traz um ar de banda gótica dos anos 80 e surpreende por seguir um caminho completamente diferente do último trabalho lançado pelo AFI em 2013. Vale muito á pena a audição e não falo isso só por ser fã.

Gone Is Gone – Echolocation

O supergrupo formado ano passado por membros do Queens of The Stone Age, Mastodon e At The Drive-In estreia o ano com um álbum de tirar o fôlego. Um pouco diferente do EP lançado ano passado, Echolocation traz um ar mais melancólico. Em algumas músicas dá pra perceber uma pegada parecida com a do QOTSA.

Está mais do que recomendado, então tire uma horinha do seu dia e ouça essa belezinha!

Sepultura - Machine Messiah

Com 32 anos de carreira, Sepultura começa o ano com o seu 14º álbum de estúdio intitulado Machine Messiah. Com instrumental impecável e conceito forte que gira em torno da “robotização” da sociedade, o álbum é um baita presente.

O mais legal desse álbum é que o Sepultura se aventurou pelas vertentes do progressivo, o que pode não agradar muito alguns fãs que esperavam álbuns como “Roots” ou “Chaos”. Apesar disso vale muito a audição.

The XX - I See You

A banda que tem pouco mais de 11 anos de vida entra em 2017 com I See You, um álbum menos melancólico e com ar um pouco mais dançante, deixa claro que a banda busca novos horizontes, mas sem perder sua essência.

The XX, que é atração confirmada no Lollapalooza Brasil 2017, se reinventa conseguindo algo extremamente positivo ao mesclar características já existentes em sua discografia, ao mesmo que traz novas técnicas e ideias. Mais do que recomendado!

Ego Kill Talent - Ego Kill Talent

Formada em 2013 por Niper Boaventura (guitarra e baixo), Jean Dolabella (bateria e guitarra), Jonathan Correa (vocais), Raphael Miranda (baixo e bateria) e Theo van der Loo (guitarra e baixo), a banda ganhou maior visibilidade ano passado depois de sua apresentação no Lollapalooza Brasil.

Self-Titled, o primeiro álbum lançado pelo Ego Kill Talent traz novidades e algumas músicas de eps lançados anteriormente. Nas faixas podemos notar influências do grunge e do stoner rock/metal, e apesar de ser uma banda brasileira, as letras são em inglês. Vale á pena ouvir? Muito!

David Bowie - No Plan

Um dos maiores nomes do rock, David Bowie dispensa comentários. O EP No Plan traz as últimas músicas gravas por Bowie antes de nos deixar. Nem preciso dizer que a audição é recomendada, né?

Sinai Vessel – Brokenlegged

A banda Sinai Vessel com seu primeiro álbum da carreira levanta a bandeira do emo, que andou um pouco sumido, mas ao que tudo indica tem voltado aos poucos.

Com o nome de Brokenlegged, o álbum de estreia tem recebido criticas muito positivas. Então se você estava com saudades do emo e cansado de ouvir as mesmas bandas de sempre, dê uma chance a Sinai Vessel e surpreenda-se. Super recomendo!

Matt Martians - The Drum Chord Theory

Integrante do grupo The Internet, Matt Martians esse ano lançou seu primeiro trabalho solo, o álbum intitulado The Drum Chord Theory traz influências do R&B, Hip-Hop e Soul, características também presentes no The Internet.

The Drum Chord Theory é bem diferente do que encontramos por ai em outros álbuns do mesmo estilo, é uma viagem bem bacana e traz participações de Syd, Steve Lacy e Kari Faux. Separe um tempinho do seu dia e viaje ouvindo esse álbum.

Kehlani – SweetSexySavage

Kehlani, que tem uma de suas músicas na trilha sonora do filme Esquadrão Suicida, inicia 2017 com o álbum SweetSexySavage. Com produção da dupla Pop & Aok, os mesmos de nomes como, Alicia Keys, Rihanna e Nick Minaj.

O álbum não foge comum, mas traz músicas bem gostosas de ouvir. É uma ótima pedida caso você seja admirador de R&B, Hip-Hop e Rap. Recomendadissímo!

Migos – Culture

Migos é um dos grupos que está em alta no meio do Hip-hop e depois do single Bad and Boujee, o álbum Culture passou a ser um dos mais esperados para esse ano.

Com batidas agressivas e letras pesadas o álbum não deixou a desejar, e ainda conta com participações de DJ Khaled, Gucci Mane, 2 Chainz, Travis Scott e mais. Vale á pena ouvir!

Espero que tenham gostado das sugestões! ;)

Por Yasmim Aguiar

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A importância da trilha sonora no cinema

Star Wars, Indiana Jones, Poderoso Chefão, Harry Potter, De Volta para o Futuro, Rocky...

Para quem já assistiu alguns desses filmes, com certeza lembra de suas trilhas sonoras marcantes.

Basta alguém mencionar uma cena ou uma fala de certo personagem, que já associamos a música. Lembra o momento em que o Darth Vader surge na tela, saindo da nave e já mostrando que ele é o vilão mais badass do cinema? Impossível não cantarolar o famoso "ta na na ta na na ta na na ta na na na na ta na na".

A construção de uma cena precisa do impacto visual, é óbvio, mas é imprescindível uma música de fundo, aperta o botão de mute e tenta assistir a um filme, parece que esta faltando algo. Por isso, todo filme é considerado uma obra audiovisual, por não se sustentar apenas com o vídeo, mas com som também, que ajuda muito na hora de expressar sentimentos ou dar o clímax naquela cena de tensão.

Fica difícil separar uma cena com sua música ou simplesmente retirar e deixar apenas o som do set. O canal Mix Minus está fazendo alguns testes nesse âmbito, veja a dança de Tom Cruise em Negócio Arriscado sem a música ao fundo:

O cinema iniciou sem diálogos, mas nunca foi realmente mudo. Antes não havia um sincronismo certo, porém sempre existiu som. Quando estávamos ainda no cinema "mudo", a trilha sonora era feita ao vivo por músicos que ficavam ao fundo das salas tocando, geralmente um pianista. Imagina que louco!

O som ao fundo nas primeiras sessões do filme A Chegada de um Trem na Estação, dos irmãos Lumiere, fez com que algumas pessoas saíssem correndo da sala acreditando que o trem iria sair da tela e invadir o local. O impacto ocorreu por nunca terem visto imagens em movimento junto com o som do trem, que parecia real e assustava um bocado os marinheiros de primeira viagem.

A criação de um filme é brilhante e sempre teremos a trilha sonora para nos ajudar a guardar na memória cenas marcantes e mantermos vivas obras clássicas da sétima arte.

Abaixo segue uma playlist com algumas das mais famosas trilhas sonoras do cinema:

Por Wellington Macedo

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